quarta-feira, 15 de abril de 2009

FAÇA VOCÊ MESMO

Quando uma janela se abre na tela do computador (ou do celular, iPhone, seja lá o quão antenado você for) um mundo de possibilidades é colocado à disposição do usuário da Internet. Cabe a ele a opção por qual caminho seguir: informação, entretenimento, interação, comunicação instantânea... ou tudo isso e ao mesmo, se preferir.
Se será lido, assistido ou ouvido não importa, o conteúdo está ali pronto para ser utilizado, moldado e até mesmo modificado por cada um de nós.
Essa “volatilidade” inerente às produções do ciberespaço nos dá a impressão de que tudo que é poderá não ser ou não mais existir em questão apenas de segundos.
Um exemplo clássico do modelo “faça você mesmo” é a Wikipedia, descrita pelo jornalista Pedro Augusto Costa em artigo recente publicado no site Investnews (Dinheiro, pra que dinheiro - 20/03/09), como “não apenas resultado de um sonho coletivo de conhecimentos livres para nós, terráqueos, mas é também uma amostra do movimento que nasce neste terceiro milênio: sem chefes ou empregados, sem prédios ou telefones, mas onipresente 24 horas por dia, 7 dias por semana, onde o cliente é o centro do universo e a mercadoria não é propriedade de um único dono”. O site - que reúne informações produzidas e constantemente atualizadas/ modificadas sobre os mais variados temas do universo - é o quinto mais acessado do mundo.
Basta digitar alguma palavra em nosso guru Google e não raro as primeiras respostas que nos são oferecidas são as da enciclopédia livre e gratuita. Talvez seja o auge do sucesso da colaboração on-line. Qualquer pessoa, de qualquer parte do mundo pode dar a sua contribuição, difundir o seu conhecimento e somá-lo ao de tantos outros. Como internautas, nos sentimos importantes, participativos, inseridos na rede. Não apenas apreciadores do que se passa nela, mas também produtores. É como se nos dissessem: “É de todos, mas é SUA também, desfrute”. Sedutor, não é mesmo?
A questão é saber como isso está sendo utilizado. As pesquisas escolares de hoje, por exemplo, têm na Internet sua principal fonte. Estima-se que só a Wikipedia, extremamente popular entre jovens e crianças, tenha 24 milhões de páginas sobre quase tudo. Em um ambiente em que não há responsáveis pelo conteúdo gerado e os dados podem ser modificados a qualquer momento, por qualquer um, de boa ou má fé, a maior controvérsia é sobre credibilidade da informação.
Resta vislumbrar ainda como os meios jornalísticos on-line se adaptarão à febre do conteúdo colaborativo. Muitos até já se arriscam a trazer o expectador/ leitor/ internauta para mais próximo das redações, mas algo ainda muito primário para o sonho do “jornalismo coletivo”. Mas isso é tema para uma outra discussão, que pode ser iniciada com o SEU comentário. E aí, não vai participar?

2 comentários:

  1. Acredito que o conteudo colaborativo tenha uma "certa" relevância para a disseminaçao das informacoes e tb para a formaçao de centenas de pessoas. O que devemos fazer é ativar em nós mesmos filtros que permitem analisar o quão as informaçoes sao credíveis e como elas serão relevantes para a nossa construcao, pq hje existe mais lixo digital do que informaçao consistente, não é?

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  2. Concordo com a Thais...
    Muita gente hoje acredita que tudo que está na internet é real. Muito cuidado na hora de fazer pesquisas, consultar informações e muito mais. Claro que a ajuda ´ótima, mas sempre temos que ficar com um é atrás.

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