terça-feira, 30 de junho de 2009

O mundo do faz de conta ao alcance de suas mãos

Imagine um garoto, viciado em computadores, que consegue criar a sua própria namorada ideal. Mas calma, ele fez tudo isso com a melhor intenção. Ele queria apenas ajudar a banda da sua melhor amiga, que precisava de uma vocalista para fazer sucesso. Está feita a história de mais uma comédia romântica de adolescentes. O filme “Pixel – A Garota Perfeita”, foi produzindo pelo Disney Channel e vai ao ar nesta terça-feira, na Sessão da Tarde.

A produção é uma verdadeira utopia dos adolescentes. Se você não tem a garota perfeita, por que não pode criá-la? Ela será apenas um holograma, tema que já foi discutido aqui no Utópicos e Distópicos. Porém, isso não impede que os sentimentos por essa nova companheira se aflorem. Afinal, ela é linda, está ali ao seu lado e você pode fazer o que quiser, criar a história que deseja viver.

Essa ideia de produzir uma realidade, seja por meio de um holograma, seja com programas de realidade virtual, como Second Life e os games, está cada vez mais na vida de todos, adolescentes e adultos. Já virou até tema de novela! Na trama de Caminhos das Índias, da Rede Globo, Val, personagem vivida por Rosane Gofman, é a uma mulher que se realiza no mundo virtual. Na tela do computador, ela pode ser uma jovem linda e sedutora que conquista todos os pretendentes que deseja. Val já até pensou em aumentar a família e ter filho, virtuais, é claro.

“No mundo virtual você não precisa de um corpo. Você pode ser um ponto de vista flutuante. Você pode ser a chapeleiro maluco ou o bule”, diz Bragança de Miranda na Revista Comunicação e Linguagens. “A liberdade individual passa a estar ligada, entre outros, à possibilidade de produção de novas figuras a partir de si, possibilidade essa oferecida pela técnica como um novo registro do que Fernando Pessoa chamou de ‘mecanismos de outrar’, isto é, dividir e multiplicar o eu”, completa Catarina Moura, no texto A Vertigem.

Todo esse mundo novo de possibilidades de ser a mulher ideal e ter o homem dos sonhos ou de construir o seu próprio objeto de desejo, como a vocalista do filme da Disney, tem tamanho sucesso pela semelhança com o real. Essa hipótese é defendida por Jayme Aranha Filho no artigo Tribos Eletrônicas: usos & costumes, citado por Mario Lopes Guimarães Junior, no trabalho A Cibercultura e o Surgimento de Novas Formas de Sociabilidade. Para Aranha Filho, a rede se difunde tão rapidamente porque estabelece uma metáfora de totalidade, reproduzindo as instituições sociais, ou seja, a rede se expande pelo sucesso de suas “analogias com o mundo”.

No mundo virtual, seja com os hologramas ou nos programas que imitam a realidade, podemos ser quem ou o que quisermos, na lógica do faz de conta, como lembra Catarina de Moura. O problema é quando tal lógica ultrapassa as telas e os aparatos tecnológicos e se torna a vida das pessoas. Val, personagem da novela global, não se interessa por relacionamentos reais e vive plenamente os seus romances no computador. É um tipo de mídia, a realidade virtual, exercendo o seu poder sobre o indivíduo, que se sente tão seduzido pelo universo do faz de conta que acabou de criar que não quer mais sair dele.

A tecnologia está diante de todos. O ideal é usar com parcimônia. Nada de inventar um personagem virtual e viver apenas na sua criação. Isso pode ser uma utopia para muitos, como para o garoto do Pixel. Mas, você pode cair no mundo da distopia e ser dominado por toda a tecnologia, seja pela alienação de querer viver somente na ficção ou pelas traições do mundo virtual, como no vídeo abaixo. Apenas divirta-se!


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Pesquisa dos perfis no TWITTER


Blogando hoje pela manhã encontrei esta notícia publicada no Portal Imprensa que traçou um perfil dos usuários do Twitter brasileiro. A pesquisa foi feita pelo IBOPE que registrou um aumento de 456% de acessos e integrantes do microblog. Claro que o ORKUT ainda é a social networking predileta dos brasileiros, mas o twitter já já será concorrente do Google.


Por Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA

A equipe brasileira do Twitter realiza, desde o último dia 12 de maio, um censo para conhecer as proporções da twittosfera no país e o perfil de seus usuários.

O censo, que não tem data prevista para acabar, segundo o site do projeto, recebeu até o momento um total de amostras de 12835 perfis, sendo a maioria pessoal (97,38%) e uma parcela mínima de 2,62% de empresas. A partir destes dados, questiona-se de que modo o serviço de microblog se tornará rentável, já que não pretende cobrar de seus usuários individuais, mas estuda uma taxa às empresas.

Entre homens e mulheres, o censo mostrou equilíbrio: 55% e 42%, respectivamente. Pessoas entre 19 e 24 anos respondem por 43% dos usuários, seguidos da faixa dos 25 aos 30 (25%). Usuários entre 15 e 18 correspondem à 13% da audiência da rede social.

O maior número de usuários está na região sudeste do país. O estado de São Paulo lidera com 38%, Rio de Janeiro possui 11% e Minas Gerais, 8%.

A grande maioria das pessoas acessa o serviço através de computadores (66%), sendo que esses acessos ocorrem, principalmente, a partir de suas residências (37%).

O levantamento, que é o primeiro sobre o serviço de microblog no país, é feito através de um questionário disponível no site da equipe do Twitter no Brasil.

De acordo com dados do Ibope, apesar do crescimento estrondoso do Twitter, que só no último mês de abril registrou crescimento de 456% no número de acessos, o serviço ainda está longe de alcançar os quase 18 milhões de usuários da rede social Orkut. Por ora, o microblog possui cerca de 680 mil perfis.

terça-feira, 23 de junho de 2009

SALÁRIOS UTÓPICOS

A televisão brasileira vive um dos momentos mais tensos e de mudanças da história. Propostas irrecusáveis para apresentadores, jornalistas e técnicos da área estão fazendo muita gente sonhar com altos salários.
Os números divulgados pela mídia são mesmo de fazer qualquer um imaginar como a vida poderia ser diferente recebendo montantes estratosféricos de dinheiro todo mês. Uns ficam só na utopia, outros podem concretizar tais sonhos.
Gugu Liberato sempre figurou entre os apresentadores com maior salário da televisão brasileira. Mas a proposta da Rede Record foi mesmo de tirar o fôlego: 3 milhões de reais por mês é uma quantia de fazer inveja a qualquer empresário. Até Silvio Santos, dono do SBT, teria dito que aceitaria uma proposta com esses números.
Enquanto pouquíssimos profissionais de TV ganham valores absurdos, a grande maioria tem que enfrentar salários baixos e condições de trabalho inadequadas. É uma pena ter que ver tamanho contraste. Isso sempre existiu, mas com essa proposta da Record ficou tudo muito "gigante".
E você... quais sonhos realizaria ganhando 3 milhões de reais por mês?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Utopia dos anos 80 volta aos cinemas


Quem não queria ter uma esteira rolante para ser levado até a sua sala do trabalho? Ou ter um carro voador e não se preocupar com trânsito? Ver a pessoa enquanto fala com ela ao telefone? Ou ter a Rose como empregada? Coisas do mundo dos Jetsons, desenho de sucesso dos anos 60.

Hoje, nem tudo isso é uma utopia do universo da tecnologia. Já temos as chamadas 3G, esteiras rolantes no aeroporto internacional do Rio de Janeiro para nos levar de um terminal ao outro, mas ainda temos o trânsito de todo o dia. E, para relaxar um pouco, que tal voltar no tempo e curtir mais um pouco dessa família espacial e quase real atualmente?

Segundo o site Omelete, diretor Robert Rodriguez fará uma versão live-action dos Jetsons para o cinema. O diretor afirmo que pensa na produção desde 2007 e que está trabalhando no roteiro.

A família Jetson já se aventurou nas telonas. No primeiro filme sobre o desenho, todos se mudaram para um asteróide distante. A película em 2-D foi lançada em 1990 (o cartaz do filme é esse logo acima). Já o trabalho de Robert Rodriguez ainda não tem data para estrear.

Até lá, quais serão as nossas utopias? Poder falar não apenas por meio de telas gigantes, mas por pensamento? Imagina pensar na sua comida preferida e encontrá-la pronta em cima da mesa quando chegar porque a Rose, a simpática empregada robô deixou tudo pronto? Aproveite a viagem no tempo dos Jetson e compartilhe as suas utopias!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Utopias-distopias contemporâneas o ciberespaço conceitos e teorias

UTOPIA, E O QUÊ? DISTOPIA, E DAÍ?


ESPERANÇA CATÁSTROFE



DISTOPIA




“É provavelmente, demasiado elogioso chamar-lhes utópicos; deveriam em vez disso ser chamados dis-tópicos, ou caco-tópicos. O que é comumente chamado utopia é demasiado bom para ser praticável; mas o que eles parecem defender é demasiado mau para ser praticável."



Foi através do discurso de John Stuart Mill e Gregg Webber em 1868, no Parlamento Britânico, que a expressão Distopia, foi utilizada pela primeira vez. Certamente, baseado no amplo conhecimento do Grego, que ambos possuiam:




O prefixo grego "dis" ou "dys" ("δυσ-") significa "mau", "anormal", "estranho", a palavra grega "topos" ("τόπος"), significa lugar e o grego "ou-" ("ου") significa "não". Assim, utopia significa "lugar nenhum" e distopia significa "lugar mau".
Grego Antigo




Distopia ou Antiutopia




Pensamento - Filosofia - Processo discursivo

antítese da utópica / “utopia negativa”



Afeta a Sociedade gerando:




TOTALITARISMO

NORMAS FLEXIBILIZADAS




AUTORITARISMO

CONTROLE OPRESSIVO



Que reflete na Tecnologia, que por sua vez é instrumento de domínio da Sociedade, utilizado por:




CORPORAÇÕES ESTADO INSTITUIÇÕES



A maioria das distopias tem alguma conexão com o nosso mundo, mas frequentemente em um futuro imaginado ou um mundo paralelo. Além disso, a distopia foi causada em consequência da ação ou da falta de ação humana, de um mau comportamento ou da ignorância.


UTOPIAS




As utopias são sistemas sociais idealizados e não têm raízes na nossa sociedade atual, figurando em outra época ou tempo ou após uma grande descontinuidade histórica.

A utopia de Thomas More

Embora Utopia signifique lugar nenhum, ela representa uma ilha
com uma comunidade perfeita


domingo, 7 de junho de 2009

Homem-máquina...Máquina-humana


O cientista e inventor americano Ray Kurzweil, conhecido como o maior futurólogo do mundo, vem há alguns anos instigando crentes e descrentes com diversas previsões sobre as revoluções que o avanço da tecnologia irá proporcionar à vida humana. São afirmações no mínimo, intrigantes.

Segundo ele, em poucas décadas será possível, por exemplo, fazer download de informações diretamente para o nosso cérebro, ou seja, poderemos assim adquirir qualquer conhecimento que quisermos com o auxílio do computador. (Utopia essa citada em tom de brincadeira por Rosana Hermann, nossa entrevistada para o seminário).

Assim como os downloads, Kurzweil acredita que poderemos armazenar nossa memória nas máquinas, retardar o envelhecimento através de pílulas, imergir em uma realidade virtual através de nosso próprio sistema nervoso, curar doenças e anomalias de DNA com nanorrobôs viajando por nossa corrente sanguínea, entre muitas outras suposições.

Gabarito não lhe falta para prever esse futuro surreal. Ele construiu seu próprio computador na década de 60, inventou o scanner e o tradutor de textos para deficientes visuais e vários outras criações no campo tecnológico. Muitos o consideram o sucessor de Thomas Edison.
O que o cientista prevê é que o homem ficará cada vez mais próximo da máquina, e a máquina cada vez mais se parecerá com um humano, em uma fusão irreversível. Seremos meio máquinas e as máquinas meio humanas...

Os adeptos do Neo Luddismo certamente virão essas possibilidades como o novo apocalipse, afinal a natureza humana nunca poderá se igualar ao tecnicismo da máquina. Mas, como pensa Rosana, essa utopia até que não seria má idéia.

Para quem quiser conhecer melhor as antevisões de Ray Kurzweil, uma matéria bem interessante sobre ele foi publicada na edição de abril da revista Rolling Stones.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Queremos participar do espetáculo!

Para quem ainda não sabe, os utópicos e distópicos são amigos que se conheceram no curso de pós-graduação da Cásper Líbero, da disciplina Mídia e Poder. Durante o semestre vimos diversas vezes expressões como sociedade do espetáculo, shownalismo e outras que nos remetem à prática do jornalismo como um grande circo, um grande espetáculo que faz de tudo para conseguir audiência e prender a atenção dos espectadores, leitores e afins. E no nosso jornalismo participativo, sobre o qual eu já falei algumas vezes por aqui? Onde fica o espetáculo? O que significa participar de todo esse circo de notícias e sensacionalismo?

Encontro pelo menos duas respostas, o resto eu deixo para vocês pensarem. A primeira está na quantidade de notícias recebidas pelos portais de jornalismo-cidadão. Muitos falam sobre o que acontece em seu bairro, o acidente do trânsito, mas o recorde são as matérias sobre celebridades. No Minha Notícia, do portal iG, a maioria das colaborações recebidas até o ano passado eram alguma fofoca ou foto de celebridade. Existe até um canal específico para isso, o Foto Flagra. Todo mundo quer ser paparazzi e entrar no mundo do espetáculo da notícia pelo próprio espetáculo, através de quem está sob os holofotes. E aí vale de tudo. A mulher fruta que foi à praia, a outra que saiu sem calcinha e o que os olhos vívidos dos internautas repórteres conseguirem captar.

Outra reposta é ter a sua reputação para ser respeitado no meio de toda a enxurrada de notícias e conquistar o seu próprio público. E isso vai além do jornalismo participativo. Está nos blogs, nos comentários de matérias e no que mais der voz ao internauta. Ele quer que a sua visão sobre todo o espetáculo da notícia seja lida, ouvida e ganhe vida em fórum de discussão. O Minha Notícias e outros sites do gênero mostram rankings com os leitores que mais colaboram ou que tem as matérias mais comentadas. Alguns portais como o Overmundo usam o ranking para editar a página principal. Quem tiver mais comentários e for mais bem votado, ganha mais destaque. O Slashdot, referência para o mundo de tecnologia, tem seguidores fiéis de determinados colaboradores, que fizeram a sua fama no portal com boas notas nos comentários.

Quem escreve quer falar para alguém e quer ser ouvido. A boa reputação no jornalismo participativo significa que você está no caminho certo e estão dando importância ao que você fala. Ou seja, você conseguiu ter a sua voz e o seu próprio papel em todo o espetáculo!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Por que Slashdot.org?


Para quem gosta de tecnologia, quer saber o que acontece nesse universo, principalmente nos Estados Unidos, e não tem problema nenhum de se assumir como nerd, o Slashdot é o lugar. Além de ser reconhecido pelos geeks, programadores e afins, quem quiser pode participar e mandar a sua notícia. Agora, uma curiosidade sobre esse pioneiro do jornalismo participativo. Você sabe por que o nome do site é Slashdot? 

Tudo nasceu das mentes de Rob Malda e seus amigos, fundadores do portal. O site é norte-americano, não tem pretensões de atravessar fronteiras, mas não perdeu a oportunidade de brincar com seus seguidores, colaboradores e quem mais tentasse soletrar o nome do serviço. Em inglês, se fossemos soletrar o nome completo do site, teríamos: h-t-t-p-colon-slash-slash-slash-dot-dot-org. Ou seja, h-t-t-p-dois pontos-barra-barra-barra-ponto-ponto-org. Ou ainda, http:///..org . Lógico que, se colocarmos esse endereço na barra, vai aparecer que ele não é válido. 

E nem por isso o Slashdot teve problemas em se difundir. Até 2004, como mostra Luciene Breier no texto Slashdot e os filtros do Open Source Journalism, eram 2 milhões de leitores diários e mais de 50 mil membros. Agora, para não restar duvidas, o endereço real do portal é http://slashdot.org

E eles também inventam moda!

O sucesso do Slashdot em seu nicho de tecnologia, ficção científica, linguagem de programação, softwears livres, direitos autorias é tanto que já existe até o Efeito Slashdot. O número de integrantes que participam dessa comunidade é tamanho, seja com comentários, matérias, ou moderação, que links postados na home acabam derrubando os servidores das páginas-destino por causa do número gigante de acessos. Quando a página cai, temos o tal Efeito Slashdot. E aposto e muitos já foram vítimas desse efeito... 

E você, é um nerd?

O Slash se define como "News for nerds. Stuff that matters". Isso significa, o site tem notícias para nerds e coisas que interessam a esses nerds. Com isso, não adianta procurar por lá assuntos de política ou tendências da última moda. A não ser que a sua moda seja seguir a série Star Trek e você quer comentar o filme que chegou há pouco tempo nos cinemas. 

No último domingo, o Fantástico, da Rede Globo, fez uma matéria mostrando quem são os nerds do momento e que não é nenhuma vergonha se assumir como tal. Assim como os usuários e colaboradores do Slashdot, esses caras são nerds sim, sem nenhum problema. Veja o vídeo abaixo! 


quarta-feira, 27 de maio de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

Liberdade vigiada

Você tem uma foto que é flagra de uma celebridade? Ou quer contar a sua visão da final do Campeonato Estadual, já que estava lá no estádio, sofrendo junto com seu time? Ou tem uma verdadeira cratera na sua e quer fazer uma matéria para denunciar? Você tem espaço no jornalismo participativo para falar, escrever, mandar vídeos e fotos sobre o que quiser. Você poder ser o jornalista. Mas lembre-se que toda essa liberdade é vigiada.

Alguns exemplos praticados no Brasil e no mundo têm vigilância em diversos níveis, mas ela sempre está lá. Vamos começar pelos nossos produtos nacionais. No portal iG, o serviço de jornalismo participativo é o Minha Notícia. O internauta manda textos, fotos, vídeos mensagens por SMS e tudo é analisado e apurado pela equipe de editores na redação antes de ir ao ar. São esses editores que arrumam possíveis erros de português nos textos e também decidem o que vai ser destacado na home do canal. Ou seja, nem tudo que é recebido é publicado e nem tudo que é publicado é destacado.

Segundo o editor do Minha Notícia Daniel Hassegawa, a checagem e apuração das informações é necessária para evitar erros, desde concordância verbal até de informação. Ou seja, o internauta tem a liberdade de escrever sobre o que desejar, mas será vigiado sempre por um editor “desconfiado”. Por outro lado, esse tratamento à informação recebida pelos meios participativos é um cuidado para manter o padrão e a veracidade das notícias.

O portal Uol, por exemplo, já pecou nesse aspecto. No caso do acidente da TAM, em julho de 2007, um usuário mandou uma foto que na verdade era uma montagem de um boneco no hangar em chamas e a imagem foi parar na home principal do portal.

Lá fora, dois exemplos bem sucedidos de jornalismo participativo também dão uma “liberdade vigiada” aos seus usuários. O sul-coreano OhMyNews também usa uma equipe de editores na redação para controlar as publicações. Mas isso não inibe as colaborações. O site nasceu em 2000 e, em 2004, ganhou uma versão internacional. E quem mandava uma história que, na visão dos editores, merecia destaque na página principal, ainda ganhava por isso. Entretanto, o site parou de pagar pelas suas contribuições no começo deste ano, por conta da crise mundial.

Quem também faz parte dessa “liberdade vigiada” é o Slashdot, muito conhecido e reconhecido no universo da tecnologia. Os colaboradores podem até escrever posts anônimos, mas apenas 12 ou 15 textos dos 300 a 400 recebidos por dia são publicados. Sete pessoas, incluindo Rob Malda, fundador do portal, selecionam o material. A diferença no Slashdot é que mais pessoas tem o poder de vigiar a liberdade dos outros. Nenhum texto é checado, porém membros da comunidade, escolhidos entre os que mais colaboram com os melhores conteúdos, fazem o papel de moderadores e controlam os comentários nas matérias. Eles distribuem pontos ao que é publicado e, quem tem melhor ranking, ganha maior destaque. E também são vigiados por outros membros da comunidade, que têm a responsabilidade se ver se os pontos são justos ou não. Ou seja, qualquer um pode escrever, mas será mais lido quem tiver mais pontos. E até esses pontos são vigiados.

Você pode tudo, tem a liberdade de escrever, fotografar, fazer vídeo sobre o que quiser. É a sua utopia. Por outro lado, vive em uma sociedade de controlada e enfrenta a distopia de quem está com o poder de edição nas mãos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

COMO NOSSO COMPUTADOR FUNCIONA?

Nesse mundo louco da internet, web 2.0, das conecções, interatividade... as pessoas nem sabem e nem se interessam em saber como funciona nosso computador por dentro. Como o windows funciona, como o processador age, por que cada parte é responsável. O vídeo que segue neste post mostra de forma bem divertida como tudo funciona dentro do computador quando estamos usando a internet ou outras funções dos nossos micros.

Fiquei com dó do meu HD...




quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ódio se torna viral em sites de redes sociais

Qua, 13 Mai - 13h35

Por Claudia Parsons

NOVA YORK (Reuters) - Militantes e grupos de promoção do ódio cada vez mais usam sites de redes sociais como o Facebook, MySpace e YouTube na função de ferramentas de propaganda para recrutar novos membros, de acordo com um relatório do Simon Wiesenthal Center.

O relatório divulgado nesta quarta-feira notou um aumento de 25 por cento no ano passado no número de grupos "problemáticos" nas redes sociais da Web.

O estudo se baseia em "mais de 10 mil sites, grupos de redes sociais, portais, blogs, salas de chat, vídeos e jogos na Internet que promovem a violência racial, o antissemitismo, a homofobia, a música de ódio e o terrorismo".

"Cada aspecto da Internet está sendo usado por extremistas de todos os matizes para reaproveitar velhos ódios, vilipendiar o 'Inimigo', arrecadar fundos e, desde o 11 de setembro, recrutar e treinar terroristas para a Jihad", afirmou o Simon Wiesenthal Center em comunicado.

O grupo judaico de defesa dos direitos humanos que porta o nome de um renomado perseguidor de nazistas vem monitorando a Internet em busca de extremistas há uma década, e afirma que a ascensão de sites de redes sociais como o Facebook acelerou a difusão de opiniões racistas e fanáticas nos últimos anos.

A organização afirma que dirigentes do Facebook se reuniram com seus especialistas e prometeram remover da rede os sites que violem os termos de uso da organização, mas que "com mais de 200 milhões de usuários, os fanáticos online conseguem escapar mais rápido do que os esforços para removê-los são realizados", diz o documento.

O grupo apontou para o fato de que o Facebook recentemente removeu diversos sites que negam o Holocausto e divulgou um comunicado no qual esta aponta que sua rede também é amplamente utilizada para promover causas positivas.

"Nos casos em que conteúdo que promove o ódio é exibido no site, o Facebook o remove e bloqueia as contas responsáveis", afirma o comunicado da empresa.

Grupos extremistas também estão estabelecendo sites próprios de redes sociais, segundo o relatório, apontando para o exemplo do "New Saxon", descrito como "um site de redes sociais para pessoas de ascendência europeia", produzido por um grupo neonazista dos Estados Unidos chamado National Socialist Movement.

Outros grupos criaram jogos online como o "Special Operation 85 - Hostage Rescue", desenvolvido por uma organização iraniana, no qual o jogador precisa localizar cientistas nucleares tomados como reféns por norte-americanos no Iraque e detidos em uma prisão de Israel.

Os grupos mais visados na Internet, segundo o relatório, incluem judeus, católicos, muçulmanos, hindus, gays, mulheres e imigrantes.

Fonte: TERRA

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Novidade em Holografia

Desenvolvido por Ivan Tihienko o projeto que funciona através de holografia e que pretende substituir PDA´s e celulares ainda é um conceito, porém muito promissor, a tecnologia de luz que interage com humanos.
Dê uma olhadinha no video, será que você vai querer um brinquedinho desse também??!!


Web 2.0, the machine is US

Assisti este vídeo durante as aulas da disciplina Cibercultura e Comunicação em rede, ministrada por Sergio Amadeu. Confesso que os detalhes da montagem do vídeo me deixaram confusa, com tanta informação.

Intitulado WEB 2.0- somos a máquina, ele traz cobinações e recombinações da interatividade por meio da rede mundial de computadores. Quem curte tecnologia e quer conhecer um pouquinho mais das inúmeras possibilidades que a rede nos proporciona, assista o vídeo e delicie-se!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cibercultura e Ciberespaço

Já faz tempo que a Internet vem inspirando os artistas do mundo inteiro e não só para fazer a arte em si, mas para espalhar a arte, do modo mais compartilhado possível....


PELA INTERNET...

Criar meu web site


Fazer minha home-page

Com quantos gigabytes

Se faz uma jangada

Um barco que veleje ...

Que veleje nesse infomar

Que aproveite a vazante

Da infomaré

Que leve um oriki

Do meu velho orixá

Ao pôrto de um disquete

De um micro em Taipé...

Um barco que veleje

Nesse infomar

Que aproveite a vazante

Da infomaré

Que leve meu e-mail lá

Até Calcutá

Depois de um hot-link

Num site de Helsinque

Para abastecerAihê! Aihê! Aihê!...

Eu quero entrar na rêde

Promover um debate

Juntar via Internet

Um grupo de tiétes

De Connecticut

Eu quero tá na rêde

Promover um debate

Juntar via Internet

Um grupo de tiétes

De Connecticut...De Connecticut de acessar

O chefe da MacMilícia de Milão

Um hacker mafioso

Acaba de soltar

Um vírus prá atacar

Programas no Japão...Eu quero entrar na rêde prá contactar

Os lares do Nepal

Os bares do Gabão...

Que o chefe da polícia

Carioca, avisaPelo celular

Que lá na praça

OnzeTem um videopôquer para se jogar...Jogar

Eu quero entrar na rede

Promover um debate

Juntar via Internet

Um grupo de tiétes

De Connecticut

Eu quero tá na rêde

Promover um debate

Juntar via Internet

Um grupo de tiétes

De Connecticut...De Connecticut de acessar

O chefe da MacMilícia de Milão

Um hacker mafioso

Acaba de soltar

Um vírus prá atacar

Programas no Japão...

Eu quero entrar na rede prá contactar

Os lares do Nepal

Os bares do Gabão...Que o chefe da políciaCarioca, avisaPelo celular

Que lá na praça Onze

Tem um video-pôquer para se jogar...

Connect show! Connect show!Connect show! Connect show!Connecticut, ConnecticutConnecticut...



Gilberto Gil

domingo, 10 de maio de 2009

JORNAIS FALINDO

Foi divulgada na FolhaOnline a notícia com os índices de circulação dos jornais de Londres no mês de abril. Os dados são preocupantes, como o que já vem acontecendo nos Estados Unidos, na Inglaterra o índice de leitores vem caindo a cada mês.
A vítima da vez é o jornal "Evening Standard" que viu seus índices caírem 6,4% em um ano. Hoje o jornal tem uma circulação de 263 mil exemplares por dia. O diário foi comprado há dois meses pelo magnata das privatizações russas Alexander Lebedev.
Em uma tentativa desesperada de fazer suas vendas crescerem e afastar o fantásma da falência, o jornal lançou nesta semana uma campanha publicitária nos ônibus e metrô londrinos para reconquistar seus leitores. Segundo uma pesquisa encomendada pelo jornal, os leitores consideram o Evening Standard "muito negativo".
A campanha publicitária diz o seguinte: "Sorry" por perder contato, ser complacente, não levar o leitor em consideração.


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Por tras dos gigantes da internet...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Ilusões da opinião pública

A respeito da discussão em torno do jornalismo construir e reconstruir a cada dia a opinião pública, acredito que devamos considerar dois pontos importantes:
Primeiramente, sabemos que a opinião pública, nos moldes como se dá hoje, depende dos meios de comunicação para se legitimar.
O segundo ponto é que como empresas privadas que são, os veículos de comunicação se “vendem” como formadores de opinião e emitem opiniões privadas que são legitimadas e divulgadas como públicas.
Se a imprensa, portanto, interpreta a realidade dos fatos e acontecimentos colocados à sua frente, e para isso se utiliza de recortes dessa realidade – e ainda de diferentes pontos de vistas possíveis – ela pode muito bem desconstruir contextos originais para então construir outros novos.
Como então garantir que o jornalismo, exercido no âmbito de uma empresa privada que visa ao lucro e que está sob relações de poder e hierarquia, não seja um alimentador de ilusões criadas para legitimar e fortalecer a opinião do público e não a opinião pública de fato?
Trata-se de um antigo problema ético, mas que é presente e visível cotidianamente. Quem de fato no Brasil estava se sentindo ameaçado pelo vírus da gripe suína antes do bombardeio de especulações feito na última semana? Jornais diziam que a população estava preocupada, que o Brasil está assustado com a possibilidade do vírus chegar ao país. Basta se ater ao tom aplicado pelo Jornal Nacional do dia 27/04 ao tratar do assunto: “Especialista tira dúvidas sobre a gripe suína”.
De fato se fazia importante os esclarecimentos sobre a possível pandemia da gripe, mas totalmente desnecessário e prejudicial o tom alarmante dos noticiários.
É importante para a imprensa garantir o papel de formadora de opinião pública, e como mediadora da sociedade ela assume assim um enorme poder, tanto em relação à política quanto em relação à sociedade.
Bastou a denúncia dos jornais de que passageiros de vôos vindos do México e dos EUA não estavam recebendo orientação adequada ao desembarcar no Brasil, para que no dia seguinte, técnicos da Anvisa fossem colocados de plantão nos aeroportos do país.
Mais uma vez podemos aqui questionar como as leis de mercado ditam as formas de mediação social, as relações entre público e privado, as formas de veiculação ou não de uma informação, enfim, até que ponto a mídia funciona como órgão regulador da sociedade.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Domínio do faça você mesmo

Na semana passada, uma notícia chocou o mundo dos esportes. O time de vôlei feminino do Finasa/Osasco, tricampeão brasileiro e vice nas últimas quatro edições da Superliga, havia sido extinto. Pouco depois, a torcida da ex-equipe começou a se movimentar. Organizaram um blog, conseguiram espaço na mídia, gritaram aos sete ventos em outros blogs ou site de jornalismo participativo a importância do time, fizeram pressão e conseguiram que a equipe seguisse em Osasco. Pelo menos é isso que eles defendem! Garantem que a prefeitura na cidade segurou o time graças à pressão dos torcedores.


Sou editora de um blog de vôlei e participei dessa experiência. Desde que comecei a escrever, em 2006, os posts sobre a extinção e os novos rumos do time foram um dos mais comentados. Os torcedores mostraram força e união e conseguiram, através da interação no jornalismo on line, ganhar voz. Pouco depois do término do Finasa/Osasco, os fãs criaram um blog chamado “Vamos Osasco”, organizaram uma manifestação para protestar contra os patrocinadores e lutar pela continuidade da equipe e espalharam a notícia pela internet. Segundo Mônica Cornellas, uma das organizadoras do movimento, eles avisaram família, amigos, vizinhos e quem fosse preciso para divulgar o blog e a manifestação em outros blogs, fórum, Orkut e todas as ferramentas abertas para a interação.


Foi assim que eu mesma fiquei sabendo do movimento. Monica e Ana Carolina, outra integrante, deixaram um comentário no blog pedindo apoio. Achei a causa nobre como apaixonada de vôlei que sou e abri um espaço para a comunicação. Porém, elas não conseguiram apenas atingir os apaixonados por vôlei. A idéia de pulverizar comentários deu certo e o movimento ganhou destaque na página de esportes de todos os grandes portais nacionais. Saiu no Globo.com, no Uol, no Terra e no iG.


No final da semana, saiu a boa notícia que o time iria continuar na cidade e que todas as jogadoras seriam convidadas a integrar o “novo Osasco”, que ainda não tem nome porque ainda não foram revelados quem são os novos patrocinadores. Sabemos apenas que eles existem e é um grupo de empresários. Mais uma vez, uma enxurrada de comentários, agora vangloriando o poder da torcida, que se manifestou e não perdeu o time.


Isso é uma mostra de um bom oportunismo. Os torcedores aproveitaram uma notícia que estava em alta, destacada em todos os lugares, para terem a sua voz. E conseguiram com as ferramentas da interação. No final, eles ficaram felizes com a conquista com a permanência do time e ainda foram notícia em diversos lugares, inclusive no meu blog. Parabéns! Entenderam perfeitamente como funciona! 

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O que lemos é realmente o que é mais importante?

"A redação estava elétrica", me disse um editor após a descoberta de Shannon Matthews, 9 anos, que esteve desaparecida por 24 dias em fevereiro de 2008. "Minutos após a publicação da história, nós assistimos os cliques subirem como um jorro de petróleo. Em apenas uma hora, nós recebemos 60 mil acessos!"

É assim que começa uma matéria publicada no UOL na semana passada que mostra uma mudança no jeito de fazer jornalismo. Agora, o que importa não é apenas a notícia mais relevante no momento. É o que rende mais clique no momento. O exemplo citado no texto acima foi realmente um sucesso.

O jornalismo sempre teve uma luta interna: quem define o que é notícia? O público, que “pede” as suas notícias ou os fatos mais importantes? Pelo visto, seguindo a idéia de que o melhor é o que rende mais clique, temos um jornalismo dominado pelo público, muito mais democrático e que leva aos leitores o que eles realmente querem saber!

Isso fica muito bonito na teoria. É a utopia da democracia e da liberdade dos leitores. Só será estampado nas manchetes dos sites o que os internautas quiserem. Nada de domínio de editor-chefe. Mas, na verdade, isso parece ser mais uma grande distopia da sociedade moderna. Agora não é mais o editor-chefe quem define a hierarquia dos fatos da página principal. Agora quem assumiu esse papel foi uma maquininha, o conta-clique!

É simples! Se está dando mais clique, fica na home. Se não está indo tão bem, merece um destaque menor. Mas como podemos garantir que o que está “rendendo” mais é mesmo o mais relevante? Muitas vezes, uma notícia de um jogador de futebol tendo caso um mulher fruta dá muito mais clique que um texto sobre a crise econômica mundial. O que é mais importante para os cidadãos? Saber do caso de amor do astro dos gramados ou como anda a economia de seu país e saber defender a sua conta bancária?

A utopia da democracia e da liberdade dos leitores nem sempre contempla todos os assuntos. Os fatos mais estranhos, engraçados e com os melhores vídeos são os que rendem mais. Sei disso por experiência própria. Se ficarmos escravos e sendo controlados pela maquininha do conta-clique, nós, os jornalistas, vamos deixar de lado a nossa liberdade. Vamos esquecer de que temos função de informar a sociedade e equilibrar as notícias, entre o que é mais relevante e que dará mais audiência naquele momento.

As redações on line seguem cada vez mais o caminho do conta-clique. Afinal, quando a página está sendo bastante visitada, não é apenas a notícia que está sendo vista. Os leitores navegam pelas notícias, pelos anúncios, podem entrar em links. Tudo isso gera mais receita à empresa. Entretanto, é nosso papel lutar contra tal distopia e controle e lutar pela nossa utopia: a liberdade, a imparcialidade, o poder de edição. 

Carlos Drummond de Andrade

Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

domingo, 26 de abril de 2009

Da Globalização para a Prisão!!!



Denúncias de crimes virtuais crescem 300%... Isso sim é distopia!!!





Número de investigações sobre crimes na internet saltou de 620 para 1.975, refletindo que o mau uso da Internet é tão realidade quanto às facilidades que a mesma proporciona.
O jornal Metro, recentemente destacou este fato, onde o Ministério Público Federal (MPF) abriu cerca de 318% a mais de investigações em 2008, quando comparado ao ano de 2007, ano em que foram abertos 620 procedimentos.
Em 2008, o número subiu para 1.975. Segundo o procurador Sergio Suiama, integrante do Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos, a maioria dos crimes cibernéticos envolve pornografia infantil, que responde por 75% do total de denúncias.

sábado, 25 de abril de 2009

INTERNET... ENCURTANDO DISTÂNCIAS

Oliver Stone fala por Skype em cine de SP

O INFO Online destacou a conversa virtual, entre o diretor Oliver Stone e os espectadores de seu novo filme, aqui em São Paulo em uma sala de cinema. É a tecnologia encurtando distância e tornando possível o que normalmente não é...como por exemplo, a conversa entre o diretor do filme e seus espectadores, dentro da sala de cinema...

Oliver Stone, diretor do filme W: uso do Skype em tela gigante para falar com cinéfilos

O cineasta Oliver Stone encontrou um meio virtual de conversar com uma plateia de cinéfilos em São Paulo sobre a estreia no Brasil de seu filme documental W, que aborda a juventude e o governo de George W. Bush.
Stone não pode vir ao Brasil para a estréia e, então, optou por uma solução Skype que permitiu projetar sua imagem na telona de um cinema em São Paulo e colocar sua voz no sistema de áudio da sala de projeção.

O diretor respondeu, em inglês, à platéia que foi ao Cine BomBril ver a estréia de seu novo filme.
Acostumado com PCs poderosos e monitores de muitas polegadas, Stone nunca havia projetado sua imagem por Skype numa tela tão grande. O debate via Skype questinou Stone, entre outros temas, sobre uma eventual condescendência do filme com erros cometidos por Bush ao longo de seu governo. Stone disse que procurou ser honesto e "dar o benefício da dúvida" a Bush em questões não plenamente esclarecidas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A UTOPIA DE SUSAN BOYLE

Sei que esse assunto está sendo amplamente discutido nos blogs e pela mídia em geral. Mas vale a pena fazer uma reflexão sobre o estrondoso sucesso de Susan Boyle.
Uma pessoa simples, humilde, com um jeitão considerado estranho e que está emocionando milhões de pessoas pelo mundo. Para se ter ideia, os vídeos com a performance dela no programa Britain´s Got Talent, no Youtube, já foram visualizados mais de 100 milhões de vezes. Realmente um fenômeno.
Mas o que chama tanto a atenção das pessoas nessa participação? Claro que ela tem uma excelente voz, canta muito bem e sem dúvida irá gravar cds e tudo o que for possível. O que mais chama a atenção, no meu ponto de vista, é o quanto nós julgamos as pessoas pelo que elas aparentam ser e não pelo que elas realmente são.
Ela nunca teve uma oportunidade na vida, sempre foi considerada uma pessoa estranha e que nunca faria sucesso na vida. Isso aconteceria mesmo se ela não fosse atrás de realizar seus sonhos. Manteve sua utopia e em um momento inesperado foi lá e realizou seu sonho.
Ela fez sucesso porque ela é o reflexo de milhões de pessoas talentosas, pessoas capazes, pessoas comuns, que sabem o talento que tem (em centenas de áreas diferentes), mas infelizmente não tem oportunidade, infelizmente são julgadas previamente por questões absurdas como a aparencia, o cabelo ou a cor da pele.
Vale dar uma passadinha no youtube para assistir a performance de Susan.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

FAÇA VOCÊ MESMO

Quando uma janela se abre na tela do computador (ou do celular, iPhone, seja lá o quão antenado você for) um mundo de possibilidades é colocado à disposição do usuário da Internet. Cabe a ele a opção por qual caminho seguir: informação, entretenimento, interação, comunicação instantânea... ou tudo isso e ao mesmo, se preferir.
Se será lido, assistido ou ouvido não importa, o conteúdo está ali pronto para ser utilizado, moldado e até mesmo modificado por cada um de nós.
Essa “volatilidade” inerente às produções do ciberespaço nos dá a impressão de que tudo que é poderá não ser ou não mais existir em questão apenas de segundos.
Um exemplo clássico do modelo “faça você mesmo” é a Wikipedia, descrita pelo jornalista Pedro Augusto Costa em artigo recente publicado no site Investnews (Dinheiro, pra que dinheiro - 20/03/09), como “não apenas resultado de um sonho coletivo de conhecimentos livres para nós, terráqueos, mas é também uma amostra do movimento que nasce neste terceiro milênio: sem chefes ou empregados, sem prédios ou telefones, mas onipresente 24 horas por dia, 7 dias por semana, onde o cliente é o centro do universo e a mercadoria não é propriedade de um único dono”. O site - que reúne informações produzidas e constantemente atualizadas/ modificadas sobre os mais variados temas do universo - é o quinto mais acessado do mundo.
Basta digitar alguma palavra em nosso guru Google e não raro as primeiras respostas que nos são oferecidas são as da enciclopédia livre e gratuita. Talvez seja o auge do sucesso da colaboração on-line. Qualquer pessoa, de qualquer parte do mundo pode dar a sua contribuição, difundir o seu conhecimento e somá-lo ao de tantos outros. Como internautas, nos sentimos importantes, participativos, inseridos na rede. Não apenas apreciadores do que se passa nela, mas também produtores. É como se nos dissessem: “É de todos, mas é SUA também, desfrute”. Sedutor, não é mesmo?
A questão é saber como isso está sendo utilizado. As pesquisas escolares de hoje, por exemplo, têm na Internet sua principal fonte. Estima-se que só a Wikipedia, extremamente popular entre jovens e crianças, tenha 24 milhões de páginas sobre quase tudo. Em um ambiente em que não há responsáveis pelo conteúdo gerado e os dados podem ser modificados a qualquer momento, por qualquer um, de boa ou má fé, a maior controvérsia é sobre credibilidade da informação.
Resta vislumbrar ainda como os meios jornalísticos on-line se adaptarão à febre do conteúdo colaborativo. Muitos até já se arriscam a trazer o expectador/ leitor/ internauta para mais próximo das redações, mas algo ainda muito primário para o sonho do “jornalismo coletivo”. Mas isso é tema para uma outra discussão, que pode ser iniciada com o SEU comentário. E aí, não vai participar?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A UTOPIA DO HOLOGRAMA

O cinema sempre foi uma grande máquina de prever o futuro. No maior exercício utópico e, não raras vezes distópico, a sétima arte é certeira em alguns pontos.
Quantas vezes não assistimos um filme e ficamos imaginando se tudo aquilo que apareceu na telona existisse. Como nossa vida seria facilitada com aparelhos ligados com comando de voz, televisão com imagem em 3D, prédios inteligentes, celulares minusculos e com milhões de funções, carros flutuantes e que dirigem sozinhos. Claro que muita coisa é, ainda, mera ilusão, mas muitas outras maluquices cinematográficas já fazem parte do dia-a-dia.
Você já ouviu falar em Holograma? Holograma é um método de registro "integral" com relevo e profundidade, ou seja, uma imagem real, em três dimensões, na sua forma completa. Tal experimento foi concebido em 1948, mas sua utilização era considerada impossível. Novamente entra o cinema nesta história. Os hologramas foram popularizados na saga "Star Wars". Para a história do cinema fica o famoso holograma da princesa Leia a pedir ajuda a Obi-Wan Kenobi (foto).
Todos imaginavam que isso estaria longe de ser utilizado na "vida real". Até que a rede de televisão americana CNN fez a primeira transmissão via holograma da história, o fato aconteceu ano passado nas eleições para a presidência americana. A utopia virou realidade mais uma vez. O vídeo abaixo traz um pedaço da tal transmissão, vale a pena acompanhar.


quinta-feira, 9 de abril de 2009

1984 - GEORGE ORWELL

"Obediência não é o suficiente. A não ser que uma pessoa esteja sofrendo, como você pode ter certeza que ela está obedecendo à sua vontade e não à dela? O poder está em infringir dor e humilhação. O poder está em rasgar mentes humanas em pedaços e colocá-las juntas de volta em novas formas escolhidas por você mesmo. Você começa a enxergar agora o tipo de mundo que estamos criando? (...) Não haverá lealdade, a não ser lealdade ao partido. Não haverá amor, a não ser amor ao Grande Irmão. Não haverá riso, apenas o riso de triunfo sobre um inimigo derrotado. Não haverá arte, literatura ou ciência. Quando formos onipotentes, já não haverá mais necessidade de ciência. Não haverá distinção entre a beleza e a falta dela. Não haverá mais curiosidade, nem alegria no processo da vida. Todos os prazeres competitivos serão destruídos. Mas sempre -- não se esqueça disso, Winston -- sempre haverá a intoxiacação do poder, sempre aumentando e sempre crescendo sutilmente. Sempre, a cada momento, haverá o tremor da vitória, a sensação de pisar num inimigo que já está sem esperença. Se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota pisando num rosto humano -- para sempre."




A magnífica obra 1984, de George Orwell, escrito em 1948, fala de um mundo dominado pelo socialismo stalinista em 1984 (o inverso dos número do ano em que foi escrito).
Em um mundo onde o Estado domina e nada é de ninguém mas tudo é de todos, tudo o que resta de privado são os poucos centímetros quadrados do cérebro. E é aí que a batalha se desenvolve, entre o indivíduo e o Estado lutando na tentativa de controlar a mente.



...GUERRA É PAZ
LIBERDADE É ESCRAVIDÃO
IGNORÂNCIA É FORÇA...

...4 de abril de 1984...


... De repente ocorreu-lhe uma pergunta. Para quem estava escrevendo aquele diário? Para o futuro, os que não haviam nascido. Sua mente pairou um momento sobre a data duvidosa que escrevera e de repente se chocou contra a palavra duplicidade em Novilíngua. Pela primeira vez percebeu de todo a magnitude do que empreendera. Como poderia se comunicar com futuro? Era impossível, pela própria natureza. Ou o futuro seria parecido com o presente, caso em que não lhe daria ouvidos, ou seria diferente, e nesse caso a sua situação não teria sentido...

..."Quem controla o passado", dizia o lema do Partido, "controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado." E no entanto o passado, conquanto de natureza alterável, nunca fora alterado. O que agora era verdade era verdade do sempre ao sempre. Era bem simples. Bastava apenas uma série infinda de vitórias sobre a memória. "Controle da realidade", chamava-se. Ou, em Novilíngua, "duplipensar"...

... - Os proles não são seres humanos - disse ele, descuidado. - Por volta de 2050, ou talvez mais cedo, todo o verdadeiro conhecimento da Anticlíngua terá desaparecido. A literatura do passado terá sido destruída, inteirinha. Chaucer, Shakespare, Milton, Byron - só existirão em versões Novilíngua, não apenas transformados em algo diferente, como transformados em obras contraditórias do que eram. Até a literatura do Partido mudará. Mudarão as palavras de ordem. Como será possível dizer "liberdade é escravidão", se for abolido o conceito de liberdade? Todo o mecanismo do pensamento será diferente. Com efeito, não haverá pensamento, como hoje o entendemos. Ortodoxia é inconsciência...

... Qualquer dia, refletiu Winston, com convicção profunda e repentina, Syme será vaporizado. é inteligente demais. Vê demasiado claro e fala sem subterfúgios. O Partido não gosta de gente assim. Um dia ele deseparecerá. Está na cara..


A denúncia clara da imposição do Poder sobre as mentes dos indivíduos e hoje em dia e cada vez mais, esta imposição ganha novas ferramentas e a mídia tem sido manipulada a fim de garantir este domínio.

Convidamos aqui nossos colegas do blog "Mídia e Poder em Foco" - Grupo 1984, a enriquecer esta discussão e trazer novas impressões... Sejam bem-vindos!!!

Postado por: Taciana Luciano

quarta-feira, 8 de abril de 2009

PODER EM SUAS MÃOS... ATÉ QUE A SUA CONEXÃO PERMITA

Para que ficar apenas sentado diante da televisão assistindo a um filme ou a uma notícia? Para que ficar parado e ser apenas um espectador passivo de tudo o que acontece a sua volta? Pegue a sua câmera, grave o seu vídeo, escreva a sua notícia, monte o seu blog, seja livre! Mas saiba que todo esse poder e liberdade de ir e vir, publicar e despublicar estão condicionados a um aparato tecnológico. De que adianta ter a autonomia de fazer o seu conteúdo sem ter como publicá-lo?
Uma grande utopia do ciberespaço diz respeito exatamente à liberdade. É o sonho de poder produzir as suas notícias, fotos, vídeos ou o que desejar e compartilhar com amigos, leitores e espectadores de todo o mundo em questão de segundos, com apenas um clique. Basta subir o seu vídeo no You Tube e pronto! Ele estará disponível para qualquer um, sem barreiras como idade, localização geográfica ou classe social. Quem estiver conectado ao ciberespaço tem a liberdade de assistir ao vídeo, divulgar para amigos ou em alguma comunidade virtual, comentar...
Porém, a realidade se apresenta muito mais distópica do que utópica. Para explicar melhor tal idéia, vou roubar um conceito do francês Louis Vicente Thomas, do livro Anthropologie dês obssessions, de 1988. Segundo o autor, levando em conta a ficção científica, a cidade pode se virar contra o próprio homem, sendo hostil contra os seus próprios habitantes. Aí mora a distopia. A cidade e seus comandantes exercem um totalitarismo e autoritarismo sobre os indivíduos que vivem na ficção científica.
O conceito de Thomas pode ser visto no filme Minority Report, de 2002, dirigido por Steven Spielberg e baseado em um conto homônimo de Philip K. Na produção hollywoodiana, a polícia conta com uma divisão pré-crime, na qual três seres, os precogs, conseguem prever todo e qualquer crime que será cometido na cidade de Washington e os bandidos são punidos antes mesmo da ação. Tom Cruise, que representa o protagonista no filme, é apontado como um futuro criminoso e precisa provar a sua inocência. Ou seja, seguindo o que é explicado por Thomas, a cidade, no caso o moderno departamento da polícia norte-americana, se voltou até contra os inocentes, ou pelo menos contra quem se diz inocente.
Mas agora é hora de voltar ao ciberespaço e ao mundo virtual. Aqui, a cidade é a internet. Imagine-se na seguinte situação: você conseguiu um flagra da celebridade mais badalada do momento. Registrou tudo com a câmera de seu celular e foi correndo para frente do computador para subir as imagens no seu blog, que virou sucesso nos últimos tempos pelas constantes atualizações e o melhor estilo paparazzo. Até aqui, sem problemas. É o universo das utopias, onde o internauta tem plenos poderes para escrever o que quiser e montar ele mesmo a sua mídia.
Entretanto, o ciberespaço é um tanto quanto distópico. Assim como a cidade que se volta contra seus habitantes, a internet pode se voltar contra os seus usuários. Você está com o vídeo editado, perfeito para postar no blog e apenas acompanhar a audiência subir, subir, subir... e... o blog não abre. O serviço não está disponível naquele momento. Você tem todo o material na mão, com exclusividade, mas não tem o poder de usá-lo para nada.
Neste momento, de que adianta todo poder para produzir os seus conteúdos? De que adianta a liberdade de escrever sobre o que quiser, de montar o seu blog e contar as suas notícias e os seus flagras e ter a sua audiência fiel se, por um problema no servidor, de tecnologia, você não pode saciar a sua audiência? Isso é mesmo poder e liberdade total de ir e vir, publicar e despublicar? Será que alcançamos a tão desejada utopia? Nesse post eu consegui! Vale a pena seguir o sonho e buscar pela liberdade, mas com paciência com os imprevistos e barreiras dó caminho. Pelo menos aqui, eu sobrevivi, disse o que eu queria e consegui publicar, sem perder a minha conexão!

"ADMIRÁVEL MUNDO NOVO"

"Les utopies apparaissent comme bien plus réalisables qu'on ne le croyait autrefois. Et nous nous trouvons actuellement devant une question bien autrement angoissante: Comment éviter leur réalisation définitive?...Les utopies sont réalisable. La vie marche vers les utopies. Et peut-être un siècle nouveau commence-t-il, un siècle où les intellectuels et la classe cultivée rêveront aux moyens d'éviter les utopies et de retourner à une société non utopique, moins 'parfaite' et plus libre".
Nicolas Berdiaeff





"Utopias aparecer mais viável do que se acreditava anteriormente. E agora estamos confrontados com problemas outra inquietante: Como evitar a sua realização ... As utopias são possíveis. Vida para utopias. E talvez aí começa um novo século, um século em que os intelectuais e educada classe para sonhar meios evitar utopias e retornar a um não-utópica, menos' perfeita 'e mais livre. "

Ferramenta Tradutor Google

Cada vez mais se tem a oportunidade de usufruir da Globalização, que está carregada de utopias, principalmente de que se pode unificar o mundo através do ciberespaço. Por um lado se compartilha em diversas línguas o pensamento e as verdades de pessoas por todo o mundo, e a Internet através de suas ferramentas variadas, proporciona a possibilidade de traduzir estes pensamentos e verdades para a sua língua, no entanto, diante desta praticidade e "eficiência" é preciso o filtro do ser humano, é preciso que o dissernimento humano seja aplicado e traga à toma o toque racional e crítico que somente o ser humano pode ter, mas muitas vezes não pratica...

"Utopias parecem ser mais viáveis do que se acreditava anteriormente. E agora estamos confrontados com outro problema inquietante: Como evitar a sua realização ... As utopias são possíveis. Vida para utopias. E talvez aí começa um novo século, um século em que os intelectuais e classe letrada passa a sonhar com meios de evitar utopias e retornar a uma realidade não utópica, menos' perfeita 'e mais livre. "

Toque racional e crítico de um ser humano

Vocês que fazem parte dessa massa;Que passa nos projetos do futuro;É duro tanto ter que caminhar;E dar muito mais do que receber;E ter que demonstrar sua coragem;À margem do que possa parecer;E ver que toda essa engrenagem;Já sente a ferrugem lhe comer;Oh!Vida de gado;Povo marcado;Povo feliz!

Lá fora faz um tempo confortável;A vigilância cuida do normal;Os automóveis ouvem a notícia;Os homens a publicam no jornal; E correm através da madrugada;A única velhice que chegou;Demoram-se na beira da estrada;E passam a contar o que sobrou...Oh!Vida de gado;Povo marcado;Povo feliz!

O povo foge da ignorância;Apesar de viver tão perto dela;E sonham com melhores tempos idos;Contemplam essa vida numa cela...Esperam nova possibilidade;De verem esse mundo se acabar;A Arca de Noé, o dirigível;Não voam nem se pode flutuar;Não voam nem se pode flutuar;Não voam nem se pode flutuar! Oh!Vida de gado;Povo marcado!Povo feliz!

Zé Ramalho

"Admirável Mundo Novo" - O LIVRO - por Aldous Huxley

Pubicado em 1930, Admirável Mundo Novo projeta um tipo de sociedade que, naquela época, era ainda virtual. Família, sentimento, espiritualidade, velhice tornaram-se valores ultrapassados. A reprodução da espécie em laboratórios, a classificação dos seres em casta, a inexistência de liberdade, a preservação do corpo físico, a felicidade à base de sedativo, o consumo sem limite constituíam o modelo ideal de organização humana.Passados quase setenta anos, a linha divisória entre ficção e realidade tornou-se mais sutil, e o leitor do século XXI pode reconhecer, na obra, valores e comportamentos que deixaram de ser imagens literárias de um mundo futurista para serem expressão de um modo de vida, agora real.

O Admirável Mundo Novo: Fábula Científica ou Pesadelo Virtual?

"O cientificamente possível é eticamente viável? O Admirável Mundo Novo, é uma “fábula” futurista relatando uma sociedade completamente organizada, sob um sistema científico de castas. Não haveria vontade livre, abolida pelo condicionamento; a servidão seria aceitável devido a doses regulares de felicidade química e ortodoxias e ideologias seriam ministradas em cursos durante o sono. Olhando o presente, podemos imaginar um futuro semelhante em termos de avanços tecnológicos. Será ele de excessiva falta de ordem, da ordem em excesso preconizada por Huxley ou já vivenciamos o pesadelo virtual de Matrix, a fábula cinematográfica atual ?"
Maria Clara Corrêa Tenório


....Esfregou as mãos.Porque, veja bem, não se contentavam com incubar simplesmente os embriões: isso, qualquer vaca era capaz de fazer.
- Nós também predestinamos e condicionamos. Decantamos nossos bebês sob a forma de seres vivos socializados, sob a forma de Alfas ou de Ípsilons, de futuros carregadores ou de futuros...- ia dizer "futuros Administradores Mundiais", mas, corrigindo-se, completou: - futuros Diretores de Incubação...

... Lá fora, no jardim, era a hora do recreio. Nus, sob o suave calor do sol de junho, seiscentos ou setecentos meninos e meninas corriam sobre grama, soltando gritos agudos, ou jogavam bola, ou se acocoravam silenciosamente em grupos de dois ou três entre os arbustos em flor. As rosas desabrocham, dois rouxinóis cantavam seu solilóquio nas ramagens, um cuco emitia gritos dissonantes entre as tílias. O ar modorrava ao murmúrio das abelhas e dos helicópteros...

... "O wonder! How many goodly creatures are there here! How beauteous mankind is! O brave new world. That has such people in't." (A tempestade) ___ "Oh, admirável mundo novo!" - repetiu. - "Oh, admirável mundo novo, que encerra criaturas tais!"


Postado por: Taciana Luciano

domingo, 5 de abril de 2009

ENSINAMENTOS DE MAQUIAVEL

“Entre como se vive e como se devia viver há tamanha diferença, que aquele que despreza o que se faz pelo que se deveria fazer aprende antes a trabalhar em prol da sua ruína do que da sua conservação. Na verdade, quem num mundo cheio de perversos pretende seguir em tudo os princípios da bondade, caminha para a própria perdição”.

Texto retirado do livro "O Principe" de Nicolau Maquiavel.

Ser extremamente utópico, seguir afixionado por uma perfeição e acreditar ser o dono de uma verdade absoluta leva o ser humano ao desastre, a loucura, a confusão mental de não conseguir realizar e atingir tal utopia.
No cenário midiático, no ciberespaço levar tudo "a ferro e fogo" pode ser a receita para o fracasso, para a derrota e para a desilusão. Muitos veículos acreditam seguir um caminho vitorioso, sem a preocupação com concorrência, novas mídias e principalmente, sem se importarem com o interesse das "massas". O resultado pode ser visto com baixos índices de audiência, com a falta de leitores, ouvintes, consumidores de cds e por ai vai.
Na internet não é diferente. Sites nascem outros morrem. O internauta é como um astronauta, não tem espaço, não tem lugar, não tem território fixo. Assim, migrar de um lado para outro é tão fácil quanto apagar uma luz, basta um click. Quem não fizer o máximo para prender esses "seres" viajantes caminha para a própria perdição.

GNT apresenta Selva Digital



Uma indicação bem legal de conteúdo interativo. Em abril, o canal GNT vai transmitir um especial chamado Selva Digital, um programa destinado às novas descobertas das mídias digitais, comportamento humano dentro da rede e como as grandes corporações como Google, Apple, Microsoft cresceram assustadoramente e dominam as ações no mercado internacional.

Vale a pena dar uma olhada no site do GNT e assistir os vídeos já postados lá, acredito que esse programa nos ajudará nas discussões sobre Utópicos e Distópicos.

Clique aqui para entrar no Selva Digital!


Beijos

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Somos passivos e carentes de bons conteudos

Mídia e poder

Hoje tive uma visão bem diferente de encarar o universo das mídias em geral. Cheguei as sete em ponto na aula da pós, sobre Mídia e Poder, ministrada pelo coordenador da pós, Dr. Dimas Kunsch, e o que mais me impressionei, foi o jeito que ele começou a aula. Pediu um segundo depois de fazer a apresentação do curso e visitou a página do You Tube e nos passou o vídeo do Pink Floyd – Another brick in the wall, um clássico que a maioria das pessoas conhece.

Pois bem, depois que terminamos de assistir o clipe, ele nos fez a seguinte pergunta: O que o conteúdo do clipe tem há ver com o nosso relacionamento com a mídia em geral? Vou confessar que TUDO! Nunca assisti o clipe com olhar crítico, aquela reflexão me fez retratar e enxergar o quanto somos manipulados e consumidores de noticias banais por essa mídia que nos engole dia-a-dia.

Mesmo que o clipe reprima assuntos educacionais e sistemas econômicos, a mensagem também pode ser empregada em nossos hábitos e como encaramos as nossas decisões e nossos direitos. Tudo começa com um jovem que sai da caverna em direção à luz, aos novos desafios. Uma relação entre o mito da caverna e aos novos tempos. A figura do professor que ministra e dirige a sala de aula, que reproduz a educação em “massa”, traz revolta dos jovens que estão sendo manipulados pelo sistema fracassado.

O número gigantesco de jovens manipulados causa tamanha revolta. O clipe retrata as crianças com máscaras, algo sem identidade, sem criatividade. O saber e a inteligência delas viram carne moída, algo desprezível e irreversível. Eis que uma alma iluminada, que tem inteligência e procura sair da situação confortável e extremamente manipuladora, quebra o encanto ditador e dá o berro à liberdade.

O que isso tem há ver com os meios de comunicação? Já parou pra pensar como a televisão nos manipula? Como os programas de tevê são agressivos e como eles têm abusado dos nossos neurônios? Não estou julgando nem pré julgando a TV em si, mas a forma que somos manipulados a consumir as noticias. Graças ao bom deus e as brilhantes cabeças, temos hoje a internet, que nos dá liberdade de escolha.

Navegamos do nosso jeito, escolhemos o que queremos ler, assistir, com quem queremos conversar, somos a voz ATIVA e não passiva. Do mesmo jeito que as mídias primárias chegaram e conquistaram os consumidores de noticias nas décadas passadas, e até hoje vêm conquistando, a internet chegou pra arrasar a mídia convencional.

Um exemplo real são os blogs, orkuts da vida, twitter, you tube, as ferramentas da web 2.0 que nos possibilitam interagir e escolher o que queremos consumir. Mas mesmo com tanta informação livre, nem tudo tem qualidade e credibilidade, temos que abrir bem os olhos, analisar o que está sendo transmitido e peneirar o que há de melhor.

Outro ponto de vista importante é deixarmos a carapuça dos avatares e vivermos a realidade. Encaramos que dar a verdadeira importância para o real e produtivo é bem difícil. Basta darmos o primeiro passo, a iniciativa de admitirmos que ainda somos leigos para administrar tanta informação e que devemos ser mais humildes em procurar ajuda.

Saia da posição de receptor e passe a ser investigador...