quinta-feira, 2 de abril de 2009

Somos passivos e carentes de bons conteudos

Mídia e poder

Hoje tive uma visão bem diferente de encarar o universo das mídias em geral. Cheguei as sete em ponto na aula da pós, sobre Mídia e Poder, ministrada pelo coordenador da pós, Dr. Dimas Kunsch, e o que mais me impressionei, foi o jeito que ele começou a aula. Pediu um segundo depois de fazer a apresentação do curso e visitou a página do You Tube e nos passou o vídeo do Pink Floyd – Another brick in the wall, um clássico que a maioria das pessoas conhece.

Pois bem, depois que terminamos de assistir o clipe, ele nos fez a seguinte pergunta: O que o conteúdo do clipe tem há ver com o nosso relacionamento com a mídia em geral? Vou confessar que TUDO! Nunca assisti o clipe com olhar crítico, aquela reflexão me fez retratar e enxergar o quanto somos manipulados e consumidores de noticias banais por essa mídia que nos engole dia-a-dia.

Mesmo que o clipe reprima assuntos educacionais e sistemas econômicos, a mensagem também pode ser empregada em nossos hábitos e como encaramos as nossas decisões e nossos direitos. Tudo começa com um jovem que sai da caverna em direção à luz, aos novos desafios. Uma relação entre o mito da caverna e aos novos tempos. A figura do professor que ministra e dirige a sala de aula, que reproduz a educação em “massa”, traz revolta dos jovens que estão sendo manipulados pelo sistema fracassado.

O número gigantesco de jovens manipulados causa tamanha revolta. O clipe retrata as crianças com máscaras, algo sem identidade, sem criatividade. O saber e a inteligência delas viram carne moída, algo desprezível e irreversível. Eis que uma alma iluminada, que tem inteligência e procura sair da situação confortável e extremamente manipuladora, quebra o encanto ditador e dá o berro à liberdade.

O que isso tem há ver com os meios de comunicação? Já parou pra pensar como a televisão nos manipula? Como os programas de tevê são agressivos e como eles têm abusado dos nossos neurônios? Não estou julgando nem pré julgando a TV em si, mas a forma que somos manipulados a consumir as noticias. Graças ao bom deus e as brilhantes cabeças, temos hoje a internet, que nos dá liberdade de escolha.

Navegamos do nosso jeito, escolhemos o que queremos ler, assistir, com quem queremos conversar, somos a voz ATIVA e não passiva. Do mesmo jeito que as mídias primárias chegaram e conquistaram os consumidores de noticias nas décadas passadas, e até hoje vêm conquistando, a internet chegou pra arrasar a mídia convencional.

Um exemplo real são os blogs, orkuts da vida, twitter, you tube, as ferramentas da web 2.0 que nos possibilitam interagir e escolher o que queremos consumir. Mas mesmo com tanta informação livre, nem tudo tem qualidade e credibilidade, temos que abrir bem os olhos, analisar o que está sendo transmitido e peneirar o que há de melhor.

Outro ponto de vista importante é deixarmos a carapuça dos avatares e vivermos a realidade. Encaramos que dar a verdadeira importância para o real e produtivo é bem difícil. Basta darmos o primeiro passo, a iniciativa de admitirmos que ainda somos leigos para administrar tanta informação e que devemos ser mais humildes em procurar ajuda.

Saia da posição de receptor e passe a ser investigador...




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